Marta,
família é um campinho de várzea. Não tem grama verde para se gabar. Rede, quando não tem grandes furos, é luxo. A marcação de cal some, cabelos brancos surgem. As traves, meio capengas, permanecem de pé mais por crença do que por engenharia. A gente cobra escanteio, corre para cabecear, espera rebote, ataca e defende. Não tem banco de reservas, todo mundo é titular e joga todos os tempos, ainda que se prorrogue algum sofrimento, ainda que haja pênaltis para os de coração forte. Nesse campinho que dorme cedo por não ter refletor, a gente joga aberto. Joga limpo. Joga duro, quando necessário, mas essa não é a regra. O fundamental é que a gente joga junto.
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